segunda-feira, 23 de outubro de 2023

A DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO: UMA QUESTÃO DE PECADO, SENTENÇA DE MORTE OU SAÚDE PÚBLICA?

 



Robinson L Araujo[1]

 

INTRODUÇÃO

Nos últimos dias, surpresos pela decisão vinda de uma mulher, a Ministra Rosa Weber, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), quando votou favorável a descriminalização da interrupção voluntária da gravidez (aborto), nas primeiras doze semanas de gestação.

Há, uma agitação no campo jurídico, religioso e moral. Alguns, acabam por comemorar uma vitória, outros furiosos contra o voto da Ministra, fazem ecoar dentro de uma moralidade hipócrita que, com trombetas em suas mãos, repudiam tal decisão. Talvez, criminalizados pela própria autoconsciência ao patrocinarem o aborto de suas amantes, eclodem no direito à vida.

Não menos importante, a religião se levanta com seus argumentos de que a vida pertence a DEUS, não estando errados, de fato é isso mesmo. Porém, fecham os olhos para as vidas que acabam morrendo nas masmorras, por abortos realizados por mãos de implacáveis, cruéis e sanguinários, verdadeiros carrascos.

Por outro lado, o Sistema Único de Saúde, acaba por receber essas vítimas, dilaceradas, com perigo de morte, machucadas na carne e na própria moral, sobrecarregando e onerando o sistema público de saúde.

O presente artigo, não têm como escopo de defender que o aborto deva ser legal, se está certo ou errado, bem como, em quais circunstâncias se deva fazer. Porém, não se eximirá a questão nos princípios do cristianismo, submetidos a Didaquê (Διδαχὴ), que no grego significa ensino, doutrina ou instrução vinda de DEUS.

Diante disso, esse assunto acaba sendo sempre motivo de muitos debates e discussões a respeito da sua legalização, pois mesmo sendo uma questão de saúde pública, acaba envolvendo também questões religiosas e culturais, bem como, dos direitos fundamentais.

Os direitos fundamentais têm seu fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana, em maior ou menor grau. A saúde decorre de forma direta do princípio da dignidade sendo uma variação de primeiro grau deste atributo. Saúde é o estado completo de bem estar físico, mental e espiritual do homem e não apenas a ausência de afecções ou doenças (UADI, 2000, p. 1170).


Você poderá acompanhar o restante do artigo e fazer download em:

 A Descriminalização do Aborto: Uma Questão de Pecado, Sentença de Morte ou Saúde Pública?






 

[1] Pastor protestante – Com formação em Teologia, Filosofia e Segurança Pública. Especialista em: Terapia Familiar, Aconselhamento e Psicologia Pastoral, Atendimento em Urgência e Emergência em APH, dentre outras. Graduado pelo Haggai. Redes Sociais: @vivendoemvidaplena – e-mail: vivendoemvidaplena@gmail.com

terça-feira, 17 de outubro de 2023

COMO ANDA SUA VIDA FINANCEIRA. VOCÊ É UM INVESTIDOR?

        


 

Rev. Robinson L Araujo[1]

 

Estamos cansados de ouvir o apelo de líderes religiosos, falando que não se pode roubar ao Senhor, que tudo quanto entregarmos no altar, DEUS irá restituir muito mais que qualquer aplicação bancária, levando o povo a ser tentado pela ganância e amedrontado pelo roubar ao Senhor.

Entretanto, não entrando nos pormenores do exemplo citado, pouco se fala em investimento. Seria porque a Palavra de DEUS não nos orienta a respeito ou, simplesmente, a falta de conhecimento destes líderes em ensinar que se deve investir parte de suas rendas, para dias de escassez? Confesso que não saberia te responder.

Todavia, hoje, gostaria de compartilhar com você a respeito do que a Palavra de DEUS, a Bíblia Sagrada, nos orienta a respeito. Vamos lá!

Ser um investidor consciente é diferente da pessoa que quer ser rica. Não existe problema algum em ser rico, desde que, a riqueza seja para abençoar outras pessoas, bem como, investir no reino de DEUS aqui na terra. Agora, O problema é quando se quer ficar rico muito rapidamente, leva-se por aprisionar o coração na riqueza pretendida e, muitas vezes, a um esgotamento físico, mental, emocional, bem como, a perda da própria família, devido ao desejo frenético de se enricar.

Um exemplo seria a parábola do Lavrador descrita em Lucas 12:16-21, 34, que diz:

¹⁶ Então lhes contou uma parábola: "Um homem rico tinha uma propriedade fértil que produziu boas colheitas.

¹⁷ Pensou consigo: ‘O que devo fazer? Não tenho espaço para toda a minha colheita’.

¹⁸ Por fim, disse: ‘Já sei! Vou derrubar os celeiros e construir outros maiores. Assim terei espaço suficiente para todo o meu trigo e meus outros bens.

¹⁹ Então direi a mim mesmo: Amigo, você guardou o suficiente para muitos anos. Agora descanse! Coma, beba e alegre-se!’.

²⁰ "Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Você morrerá esta noite. E, então, quem ficará com o fruto do seu trabalho?’.

²¹ "Sim, é loucura acumular riquezas terrenas e não ser rico para com Deus"

³⁴ Onde seu tesouro estiver, ali também estará seu coração."

A parábola contada, mostra um fazendeiro que, além de rico, era avarento, pensava somente em acumular e nem com ele próprio gastava sua riqueza. O que adiantaria juntar tudo, sem desfrutar do fruto do trabalho e ajudar aqueles que precisam? E se morresse, quem desfrutaria de tudo que ajuntou e não usufruiu? A mesma pergunta nos cabe em dias atuais.

Muitas pessoas querem ficar ricas, esquecendo do que a Palavra de DEUS nos orienta: “Mas aqueles que desejam enriquecer caem em tentações e armadilhas e em muitos desejos tolos e nocivos, que os levam à ruína e destruição”. (1 Timóteo 6:9). Querer ficar somente rico é extremamente perigoso, conduzindo-nos a tentações e armadilhas, por quê? O verso subsequente, responde: “Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal. E alguns, por tanto desejarem dinheiro, desviaram-se da fé e afligiram a si com muitos sofrimentos”. (1 Timóteo 6:10). A ganância em se ficar rico, leva-nos ao amor ao dinheiro, afastando-nos da dependência do Senhor, apostatando-se da fé.

O Apóstolo Paulo, então, entrega um sábio conselho a seu filho na fé Timóteo: “Você, porém, que é um homem de Deus, fuja de todas essas coisas más. Busque a justiça, a devoção e também a fé, o amor, a perseverança e a mansidão”. (1 Timóteo 6:11). Podemos buscar investimentos financeiros? Sim! De que forma? Fugindo de tudo aquilo que possa nos afastar da dependência e comunhão com o Senhor.

Diante do apresentado, como podemos fazer?

É preciso economizar! Economizar parte de nosso salário ou recursos recebidos, fruto do trabalho ou situações que somos abençoados.

1.          Economize.

O sábio, em suas orientações no livro de Provérbios, diz: “O sábio possui riqueza e luxo, mas o tolo gasta tudo que tem”. (Provérbios 21:20). O acumulo de riqueza pode vir pelo ajuntar recursos em investimentos que proporcionam acréscimo no dinheiro investido por meio de juros. Entretanto, pode-se começar com pouco, seja com R$ 10,00 (dez Reais). É preciso começar.

Provérbios 30:24, mostra-nos o exemplo da formiga: “as formigas, que, embora não sejam fortes, armazenam alimento no verão”. Outro exemplo é o de José do Egito, quando orientou Faraó a economizar em tempos de fartura, com a intenção de sobreviverem nos anos de escassez, descritos em Gênesis 41:30. É importante frisar que, quando nos dispomos a investir parte de nossos recursos, estaremos em um confronto direto com a cultura que propaga que merecemos o que queremos, quando queremos – imediatismo.

2.          Três fatores que precisamos ter por metas:

1.     Determine a quantia a ser guardada – Como mencionamos anteriormente, comesse com dez Reais e, mês a mês, aumente o valor, que seja 5% todo mês em cima dos dez Reais, até que você consiga aplicar no mínimo 10% de seus recursos financeiros;

2.     Busque taxas de juros diversificadas – O mercado financeiro nos oferecem diversos tipos de aplicação, a começar pela poupança até o investimento em ações, que acaba por trazer riscos. Aplique naquilo que é sólido, podendo diversificar. Lembre-se que todo lucro que prometem valores fora do mercado e em um curto espaço de tempo, acaba por levando todo o dinheiro aplicando, ficando no zero. Lembre-se, é por um grão de cada vez que a galinha enche seu papo.

3.     Tempo – Não é da noite para o dia que se junta recursos. Demorará alguns anos, ou até mesmo décadas. Entretanto, dependendo do que você aplicar, usando de fidelidade mensal e persistência, poderá em um futuro complementar sua renda ou, até mesmo, viver do próprio dinheiro aplicado. Não é fácil, concordo. Porém, não é impossível. Lembre-se é aplicação mensal, acrescido de juros sobre juros.

Resumindo:

Ø  Seja diligente e constante;

Ø  Evite investimentos de risco;

Ø  Diversifique seus investimentos;

Ø  Calcule o custo;

Ø  Procure, se necessário, um consultor financeiro.

E o Desejo de DEUS?

ü  Que não sejamos orgulhosos, como I Timóteo 6:17a, afirma: “Ensine aos ricos deste mundo que não se orgulhem nem confiem em seu dinheiro, que é incerto”;

ü  Não coloquemos nossa confiança em nossos bens, I Timóteo 6:17b, complementa: “Sua confiança deve estar em Deus, que provê ricamente tudo de que necessitamos para nossa satisfação”;

ü  Que possamos contribuir com outras pessoas que estão necessitadas de forma generosa: “Diga-lhes que usem seu dinheiro para fazer o bem. Devem ser ricos em boas obras e generosos com os necessitados, sempre prontos a repartir. Desse modo, acumularão tesouros para si como um alicerce firme para o futuro, a fim de experimentarem a verdadeira vida. (1 Timóteo 6:18,19).

Lembre-se: existe somente um investimento que podemos aplicar sem medo, onde a traça, nem a ferrugem consomem e o ladrão rouba, sendo o investimento em se ter um relacionamento íntimo com DEUS.

Ele expressou esse amor, como afirmado em João 3:16: “Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16). Ainda em João 10:10, que afirma: “O ladrão vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para lhes dar vida, uma vida plena, que satisfaz”.

 

REFERENCIAS

Bíblia Nova Versão Transformadora. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/nvt>. Acessado em: 17 de out. 2023.

Estudos Financeiro Bíblico Crown: manual do participante. Crown Financial Ministries. Tradução de equipe Universidade da família e Célia Regina Chazanas Clavello. 1º ed. Pompeia: Universidade da Família, 2015.



[1] Redes sociais: @vivendoemvidaplena